domingo

Porque as memórias de infância nos aquecem...

Fins de semana com Formula 1 ligada o dia todo. 
A minha colecção de bichinhos de conta. Ir com o meu pai ao Zoo encontrar folhas de amoreira para os bichinhos. 
As visitas ao mosteiro da Batalha com a minha avó. 
As férias em Vila Nova. As férias em Monte Gordo. 
Ouvir Diana Krall.  
As competições com a minha melhor amiga sobre quem escrevia mais nas composições da escola. 
Gravar músicas da Radio Cidade em cassetes e ouvi-las no meu walkman. 
A minha mãe a fazer BRRRRRR na barriga da minha irmã. 
As cartas longas que escrevia no Verão aos meus amigos. 
Jogar voley. 
As idas ao hospital para ver a minha mãe. E depois para ver o meu avô. 
Os meus amigos do terraço. 
Pretty Woman gravado em VHS. 
Horas ao Game Boy a jogar Super Mario e Tetris. 
Os recortes da Ragazza e da Bravo. 
A minha avó ir buscar-me para almoçar em casa quando na escola era peixe. 
Os passeios com os meus avós no Estoril. 
A cataplana em família em Sesimbra. 
Eurodisney com os meus pais. 
Os jantares de sexta em que a minha mãe ia comprar salgados ao Califa. 
Ficar sozinha em casa quando a minha irmã ficou internada. 
Passar os cadernos a limpo nas férias escritos com canetas futura azul e vermelha. 
A loucura dos Ficheiros Secretos.
Ir ao Zoo no aniversário da minha irmã.
Netinho em on o dia inteiro. 
Ir com o meu avô comprar a bola de voley. 
A Rosa e a marca que teve no nosso crescimento.
As férias em Londres com os meus avós. 
Os canários amarelo e azul que tinham o nome dos principais da novela da altura. As minhas tartarugas.  A Tucha, a gata mais meiga à face da terra. O Reguila que mordia toda a gente. 
O baloiço de vila Nova. 
Jogar ténis contra a parede. Ir buscar as bolas aos quintais vizinhos.
As bombas que o meu pai dava na piscina. 
As aranhas características do campo. 
As férias na Madeira com os meus pais e irmã. 
Os amores não correspondidos. 
Os meus diários. 
As idas ao cinema nas Amoreiras como programa do dia. 
Dançar com a minha prima. 
Os fins de semana passados em casa dos meus tios. 
As férias em casa dos avós do norte com a minha prima.
As compras no supermercado com a minha mãe.
Os bolicaos. 
Os bolos que a minha avó trazia de mimo quando ia à rua.
A primeira vez que andei de autocarro.
As carteiras com o tampo que levantava na escola.
A guerra do golfo ser tema de conversa nos intervalos.
A máquina fotográfica que eu adorava. Andar atrás da minha avó para me comprar rolos para a máquina.
A mousse de chocolate da tia Isabel. 
O arroz de pato da tia Orlanda que a minha irmã tanto gostava.
Os passeios com os meus tios aos fins de semana.
Quando os meus pais me contaram que ia ter um irmão... irmã.
Quando a minha irmã nasceu. Quando a minha segunda irmã nasceu.
Quando conheci a Cristina. As cartas que escrevíamos uma à outra.
Os jantares em silêncio para se ouvir o telejornal. Mas sempre em família.
Os natais cheios de gente, primos, tios e tias, em casa da tia Zé ou da avó. Os natais que me fizeram gostar do natal.

E podia continuar a escrever... escrever... escrever...

quinta-feira

Porque há pessoas que fazem toda a diferença na nossa vida... Parabéns mana :)

Conhecia-a num almoço de amigos. Estava sentada no sofá com a cara mais antipática à face da terra. Agora que a conheço aposto que estava cheia de fome!

Foi amor à primeira vista? Talvez não... mas foi daqueles amores que se vai gostando cada vez mais da pessoa à medida que se vai conhecendo as suas qualidades e os seus defeitos.

Vivemos juntas durante um ano, em condições difíceis, numa época em que tudo dava errado para as duas, ... tudo fluía para nos matarmos uma à outra. 

Mas não! Pelo contrário. 

Era ela que me fazia tantas vezes rir, achar que aquele dia afinal tinha valido a pena. A minha ouvinte... E se não estávamos na mesma divisão estávamos a falar pelo skype. Sempre. A toda a hora. 24/24h. E gostei cada vez mais dela. 

Ao ponto de um dia perceber que há pessoas que entram na nossa vida e apesar de não terem o mesmo sangue, de não nos conhecerem há anos,... são família. Porque sabem mais de nós e conhecem-nos melhor do que qualquer outra pessoa.

Obrigada meu amor por teres aparecido na minha vida! Obrigada por todas as longas conversas. Pelas parvoíces. Por partilhares os mesmos gostos e as mesmas tontices. Angola valeu a pena por ti!

Feliz aniversário mana :)

terça-feira

Sabe bem voltar aqui :)


Esta é a imagem de fundo do meu PC há 1 mês!
E já só faltam 2 semanas para irmos de férias. Em modo família!!!!
ADORO!
Não me lembro de ti quando apareceste na minha vida. Não me lembro sequer do que senti. Lembro-me de estar cansada só por respirar. Lembro-me de ver o teu pai aflito como nunca o vi. Lembro-me de outras coisas menos importantes. Mas dessas não me lembro...

E depois fomos deixados assim... como que a sós. Tu e eu. E mais o mundo. Mas sobretudo tu e eu.

E foi complicado.

Tu choravas. E comias. E choravas. Não choravas muito, mas choravas... E eu estava com dores. E com frio. E cansada. Tão cansada... E tudo contigo demorava... Demoravas a beber o leite... a mamar... a trocar a fralda... o banho... meu deus, o banho!... Todos os cuidados e pormenores que me passaram tantas vezes ao lado.

Porque eu estava cansada. Dorida. E cheia de sono. Porque para além do cansaço que ficou de quando nasceste não consegui recuperar... e dormia menos... descansava menos... e tinha sempre tantas coisas a fazer... a preparar...

E foste crescendo. E eras lindo lindo lindo! Cada vez mais fofinho aos meus olhos. E foi crescendo assim o meu amor por ti. Devagarinho. À medida que as dores e o cansaço iam passando.

Passámos o Verão em Portugal. De novo... tu e eu! Sempre juntos. Sempre a aprender um com o outro. Descansámos os dois um bocadinho a cada dia. Crescemos. 

E tivemos que voltar para esta terra que não nos diz nada, mas que é onde estamos. 

E viemos.

Agora que olho para trás meu amor, meu anjinho, não te vou pedir desculpas. Porque sei que fui carinhosa contigo e dei-te todo o amor do mundo. Mesmo debaixo daquele cansaço e daquela frustração toda que sentia. De não ter controlo nenhum na minha vida. De ver todos à minha volta com as vidas normais e fantásticas e eu a ter que dar tanto de mim. A ter que te dar tudo. Com dores. E sem poder descansar. Aquele cansaço que me consumia. 

Mas dei-te tudo o que conseguia tirar de mim.

E agora meu amor... agora que estou bem, agora que recuperei... que aprendi a viver contigo assim... sempre ao meu lado. Como equipa. Como parte de mim para sempre. Agora que me ensinaste que "tudo o que importava" pode ser posto de lado e preencher momentos em que não precisas tanto de mim. Agora que me ensinaste a fazer-te feliz e a dar-te o que precisas porque já interages comigo. Agora posso dizer que estou bem. Estou tão bem...



Tenho saudades...

... de escrever neste blog sem conhecer quem está aí do outro lado, sem estar à espera dos comentários, sem estar à espera de alguma coisa.