terça-feira

Viver no estrangeiro



Quando cheguei tinha uma ansiedade enorme em manter contacto com "Portugal". Passava a vida a escrever mails aos amigos todos, a contar as minhas peripécias, mandava emails individualmente a saber como estavam, como tinha corrido situação "X" ou "Y"... Enfim, quis manter a ligação ao máximo.

Mas com o tempo fui reparando que da outra parte só havia uma resposta à minha iniciativa.

Com o tempo fui deixando de mandar tantos mails. Fui deixando de dar notícias. Mantive só o contacto com as pessoinhas do ventrículo esquerdo (como eu lhes costumo chamar).

Percebo que o dia-a-dia seja difícil. Não há tempo para nada e quem é que não precisava de dias com 48horas? Mas acho que diz muito de uma amizade: a "necessidade" de querer manter o contacto.

Posso dizer que com a minha vinda fiz uma seleção de quem realmente merece "muito" dos que não merecem "tanto".

9 comentários:

  1. Engracado deparei-me exactamente com o mesmo problema com uma das pessoas que pensava ser das mais chegadas.....felizmente ha as excepcoes que nunca nos esquecem!

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  2. Identifio-me om o que esreveste, passei pelo mesmo
    beijinhos

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  3. Querida Ana, tenho a certeza que "aqueles" amigos, mesmo com a distância, são para avida. :)

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  4. eu passei mais ou menos pelo mesmo, mas não mudei de país apenas de cidade... Mas é bom sabermos com quem é que podemos contar :)

    kisses**

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  5. Tambem compreendo o que queres dizer... a parte positiva é que assim percebemos exactamente quem é importante :)

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  6. Ana, sem duvida! Mas para isso não precisas de morar no estrangeiro. Notei isso com uma pessoa em particular. Estava sempre muito ocupada quando alguma coisa se relacionava comigo. Até que lhe disse exactamente isso: eu também só não tenho tempo para quem não quero ter.
    Ficámos assim.

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  7. Não quero ser intrometida. Sigo o teu blog desde que resolvi pensar em ir para Luanda. Nasci ai e tenho alguns amigos que nos podem dar um apoio. Como foi a integração? Tenho dois filhos pequenos e estou cheia de dúvidas. Sei que ai eu e o meu marido podemos ter bons empregos e, sinceramente, não me apetece ficar em Portugal a pagar pelos disparates dos nossos políticos. Podias-me contar um bocadinho de como é viver em Luanda?
    Beijinhos

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  8. Sofia, respondi no teu blog. fico a aguardar o teu contacto :)

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  9. É triste, mas pelo menos assim sabes quem realmente importa...

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