Acabei de ler o post de uma bloger que sigo há muito tempo, que não conheço pessoalmente nem trocamos muitos comentários mas de quem gosto muito. Pela escrita despreocupada e descontraída sem merdinhas e sobretudo por toda a sua dinâmica familiar gira gira gira e por vezes muito divertida.
Mas fiquei triste. Separou-se. Assim...
Tantas vezes pensei sobre como era gira a relação que ela tinha com o marido. Entre todos.
Ela levava - e leva - a vida de mãe muito à vontade e de forma descontraída. Boa onda. Sem stresses.
Nunca mais me esqueço de estar a panicar a pensar que ainda estava aqui em Angola, de barrigão, e não tinha nada. Nada!!!! Nem um biberão. E ela lá me enviou um comentário a dizer para não stressar que bebé só precisa mesmo da mãe e do leite que está dentro da mãe. Tudo o resto não era imprescindível!
E pronto. Sem stresses!
...
Cá estou eu, intrometida, a pensar e a sentir tristeza por uma pessoa que não conheço. Mas é... sinto.
Porque é realmente difícil conseguirmos conciliar tudo. Mãe, esposa, profissional, amiga, mulher... tudo! E se as nossas avós conseguiam "na boa", eu defendo as últimas gerações, tão conhecidas pelos divórcios fáceis, que temos mais pressão. De todos os lados!
A vinda dos filhos é impulsionadora dos divórcios?
Acho que não é tão linear assim. Mas ajuda. As nossas hormonas ficam aos saltos. O cansaço é imenso. A vida de toda gente à nossa volta parece igual, só a nossa é que muda radicalmente. E depois a falta de tempo para nós!
Fico triste por saber que mais um casal não conseguiu superar as turbulencias do dia a dia. Um casal, que nesta minha visão distante e intrometida, me parecia fantástico e com uma dinâmica espectacular.
Mas depois penso que apesar de ter muitas vezes uma relação louca e nem sempre saudável, vamos ultrapassando todos os dias. Um por um. Conseguimos ultrapassar a distância. Feitios. Gostos diferentes. Um filho. Vidas profissionais loucas.
E aqui estamos.
Mais fortes do que nunca?
Não sei. Porque quando vêm as fases más parecem sempre ser "a pior de todas". Mas o que é certo é que embatem, podem fazer estragos... mas nós continuamos aqui.
Os dois.
Depois os três.
Quatro.
5. 6. 7. 8. 9. 10.
E já vamos numa família de 11.
8 quatro patas. Um bebé. E nós os dois...
pois é, a prova de que o que escrevemos nos blogs não espelha a nossa realidade, espelham só o olhar de quem escreve. E por vezes vemos as coisas deturpadas.
ResponderEliminarBjos
Maggie